quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Ameaça digital

Se a Tv foi o mal do século passado, a internet é a deste. Digo num sentido social.
Computador afasta as pessoas.
Encontro de amigos. todos felizes, não se vêem há muito tempo, estão bebendo, se divertindo.
O fulaninho dono da casa está conversando no msn. Mais atenção pros seus coleguinhas virtuais.
Eis que ele resolve mostrar um video no youtube, ou fuxicar o orkut de algum ciclaninho. A conversa cessa e todos ficam vidrados no seu lindo monitor de lcd novinho.
Horas se passam, seus coleguinhas vão para casa um pouco mais vazios enquanto seres sociais, porém mais cultos de besteiras virtuais. Entram e se encontram no msn. Que festa bonita fazem lá então.
Gente, como a conversa flui...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

shampoo

lágrimas vermelhas
confesso que prefiria roxas
calculo minha idade pela data de fabricação dos meus cosméticos
porque um dia hebe camargo me contou
botox e silicone não tem preço
nem idade.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Urucubaca

Quando você entra em uma farmácia e o letreiro cai no exato momento em que você passa pela porta , e um tempo depois a casa de máquinas do elevador, que por um acaso é ao lado do seu apartamento pega fogo e ainda, no mesmo dia, alguns segundos antes de você entrar em uma padaria o teto desaba completamente, você chega a conclusão que precisa ir se benzer.

entre o fogo e o teto desabando um gigantesco guarda sol da praia voou em minha direção. Sabe aquele filme Premonição?(uma merda por sinal!) então, acho que escapei da morte e agora ela me persegue...

credoemcruz

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

o Breve retorno da filha pródiga


Miguel Pereira.
Esse é o nome da cidade que me abrigou por 12 dos quase 20 anos da minha vida.
Fui passar uma semana lá. E em um passeio pela cidade descobri muitas coisas.
Percebi como cidade do interior é diferente.
Matei a saudade de descer a minha rua cumprimentando todas as pessoas que via. Sempre que ia pro colégio fazia isso, até que, cansada de ser ignorada muitas vezes fiquei antipática com velhinhos interioranos desconhecidos.
No meu passeio eu andava pela rua e tinha que falar com todos os conhecidos que passavam. Conhecidos leia como pessoas que já trocaram mais de 5 palavras comigo desde que nasci. Todos não me viam há muito tempo e vinham me cumprimentar com espanto. Provavelmente o espanto se dava porque estavam reparando como engordei nesse tempo.
Descobri o porquê de ter engordado nesse tempo. Não lembrava o quão cansativo era subir aquele morro em que moro (pros urbanóides morro no interior não é sinônimo de favela!).
Enfim, apesar de ter engordado tirei onda nas ruas de miguel por ser uma menina que morava lá que conseguiu chegar aos vinte anos sem ter filhos.
- "Mas nem unzim??"
-"Não minina, que coisa né?!?!"
E por fim lembrei-me o motivo de ter saído de lá.
Sempre lembro disso sentada no murinho da estação....






PS: essa nostalgia me fez voltar a escrever nesse treco aqui!
Até quando eu quiser!